quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um Flash Mob no recreio

Ultimamente o sapateado estava tomando muito tempo da minha vida, me impedindo de compartilhar com vocês as minhas loucuras do dia dia.
Geminiana que sou, com meus altos e baixos, vou me dedicando às minhas mil atividades, conforme a necessidade.
E olha que valeu a pena...
Um Flash Mob* idealizado por mim e dirigido por mim e pela minha parceira Maria Inês Adad.
Sempre apoiadíssimas pela chefa que compra nossas idéias e banca nossas loucuras!!!

Senhoras e senhores, minhas alunas:





*Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O dilema das toalhas

Entre as dificuldades de educar os filhos, eu vivencio uma que eu nunca podia imaginar: Fazê-los pendurar a toalha de banho depois do uso.
Pode parecer difícil para crianças pequenas, mas meus filhos tem 10 e 12 anos.
Minha menina é mais comportada nesse quesito.

Até 2007, eu morava em um apartamento pequeno e a minha família de 5 pessoas dividia o mesmo banheiro. Ou seja, faltava espaço para pendurar 5 toalhas do modo correto (abertas) para que assim, secassem de um dia para o outro.
Eu penava com essas toalhas pra lá e pra cá... Varal, secadora (era daquelas minúsculas de teto) e algumas iam para o lixo. No inverno emboloravam de uma maneira, que chegavam a perda total.

Mas o sonho se realizou e no apartamento novo eles tem um banheiro só deles. Um banheiro grande, com espaço suficiente para todos eles juntos E UM PORTA TOALHA PARA CADA UM.

Parece fácil usar a mesma toalha por alguns dias. Dois ou três... Talvez quatro no verão, época em que as toalhas secam sozinhas em meia hora...

Mas aqui, isso é uma missão IMPOSSÍVEL.
Não sei por que é tão difícil usar a toalha após o banho e em seguida pendurá-la esticadinha no banheiro...

Algumas vezes a toalha fica em cima da cama.
Às vezes no chão do quarto.
No chão do banheiro.

Outras vezes, eles esquecem a cor da própria toalha, e para não usar a do irmão, pegam uma limpa no armário. Nem sempre uma de banho, na maioria das vezes pegam uma de piscina (que fica mais perto) e me enlouquecem mais ainda!
Quase todo dia, a toalha vai para o cesto de roupa suja.

Canso de falar sobre os malefícios dessa atitude: A água que se gasta para lavar quase que diariamente a toalha (problema sério do planeta), no desperdício sabão (problema do meu bolso) e que de tanto lavar a toalha vai ficando velha e vai para o lixo (mais preju).

Há pelo menos cinco anos, falo a mesma frase TODO DIA: "Vá pendurar a sua toalha".
Na verdade, hoje em dia nem preciso falar. Vou até eles depois do banho, pronuncio o nome do indivíduo em questão, e ele já sabe o que é para ser feito.
Obviamente, tenho que engolir a cara de saco cheio do cara...

Será que um dia eles vão aprender?
Será que um dia eu desisto?
Será que minhas noras vão ter que resolver isso por mim?


#saco

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Murphy deu as caras



Um belo dia, você tem uma idéia genial para administrar a sua casa: Ao invés de ter uma pessoa para te ajudar todo dia, você contrata duas se revezando a cada dia.
O genial da coisa é: se uma delas ficar doente (ou filhos, ou parente) você não fica a semana inteira na mão.

Só que aí, basta uma manisfestação do transporte público e uma diarréia infantil concomitante para o Sr. Murphy te dar um pontapé na bunda, provando que NÃO HÁ prevenção contra a sua lei.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Caixinha de tesouros

Na escola dos meus filhos, os 5°'s anos fazem um trabalho muito especial.

Material: uma caixa de sapatos e lembranças.
Modo de Fazer: colocar na caixa coisas que ajudem a contar a sua história

Meu primogênito tem a dele guardada até hoje. Meu filho sanduíche preparou a dele e vai entregar hoje.
Tanto em uma como na outra, colocamos a primeira roupinha, o primeiro dente, medalha, um brinquedo especial e muitas, MUITAS fotos!

O Luca curtiu muito viajar pelas fotos da vida dele. Sentiu saudades, teve vontade de chorar e pediu para voltar a ser pequeno de novo.

Eu curti ainda mais rever tudo com ele contando cada detalhe de cada história.

Acho que esse momento de transformação que o 5° ano passa (10 anos e indo para o Ensino Fundamental II) é um ótimo momento para pegar tudo isso na mão e ver como foi bom...

Eu acho que sentir saudade do que passou, nos ajuda a dar valor ao que está por vir.


Caixa do Luca



Caixa do Theo

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Malandro é o gato? O pato? Não. A Lia.

Toda mãe capricha o máximo que pode na escolha do nome de seus filhos... Eu não fui diferente, claro!
Gosto não se discute e eu amo os nomes deles: Theo, Luca e Lia.

Eles sempre gostaram dos seus nomes, mas como temos 3 adolescências para ultrapassar, não posso dizer que estou livre de ouvir objeções contra os nomes que eu escolhi (aqui entre nós, crise por causa do nome é até leve para um adolescente).

Então, outro dia estava jantando com a Lia e ela perguntou se na próxima vida (we believe) ela vai ter o mesmo nome...

- É mais provável que não, filha, por quê? Você não gosta do seu nome?
- Gosto! Mas eu preferia ter um nome com a letra A.
- Letra A? Qual nome?
- Qualquer um... É só para ser primeira na fila e na chamada...


Sei que malandragem demais não é muito bom, mas pelo menos ela gosta do nome dela...




ps.:  Dizem que malandro é o gato, que nasce de bigode e mora no telhado para não pagar aluguel.
ps.2: Dizem também que malandro é o pato, que nasce com os dedos grudados para não usar alinaça.
ps.3: Dizem tanta coisa por aí...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O fim das brigas e um possível recomeço

Meus dois meninos costumavam brigar demais. Demais MESMO!!!
Eu era uma pessoa mais histérica, a casa era mais barulhenta e nossa rotina não era divertida. Uma coisa simples do dia dia virava um caos. Na hora do almoço, por exemplo, brigavam pelo lugar a mesa... Na hora da sobremesa, lutavam pelo pedaço maior de doce... Para se trocar e sair, discutiam pelo tênis alheio, por quem ia carregar a bola, quem passava pela porta primeiro...

Hoje tudo mudou.
Pode ser que seja porque eles cresceram.
Pode ser porque eles não se encontram mais...
Sério! Eles não se encontram mais... Essa foi a grande virada para a minha vida melhorar 1000%.

Um estuda de manhã e o outro à tarde. E de noite?
Se encontram só duas vezes por semana. Nos outros dias eles estão treinando, cada um no seu dia.

Então eles se encontram duas vezes à noite e nos fins de semana.

Ninguém imagina como a relação deles se transformou. Quando eles estão juntos eles riem MUITO!
Um conta um causo que aconteceu na escola, o outro conta uma piada e assim vai... Eles ficaram com a parte boa da relação de irmãos.
Eles dormem no mesmo quarto, e na hora de dormir tenho que brigar para eles pararem de conversar porque eles tem que acordar cedo no dia seguinte.

Quem ganha também é a Lia, que tem eles só para ela individualmente. Ela deita e rola!

Só que tudo que é bom dura pouco, e ano que vem isso acaba. O Luca vai passar para o 6° ano e estudará de manhã, igual ao Theo.
Eles passarão a tarde em casa (tirando o horário das atividades) e o inferno voltará a reinar...

Será que tudo vai voltar a ser como era antes?
Ou será que ele cresceram e vai ser tudo calmo?

E se eu fugir?
Arrumar um trabalho vespertino?
Alguém aí precisa de uma funcionária meio período para 2013?



segunda-feira, 14 de maio de 2012

É uma honra ter sido nomeada

Minha caçula é bailarina. Parece que nasceu para isso.
Postura maravilhosa, corpo encaixado e amor pela dança. É um ótimo começo para uma menina de 5 anos.

Corujies à parte, ela se destaca, mesmo!
Ano passado ela mudou de nível enquanto a maioria das amigas ficaram no mesmo.
Esse ano ela deveria fazer aulas de exame para prestar o primeiro exame na Royal Academy of Dance da vida dela. Mas devido aos horários da escola ela mudou de turma.
A turma nova é iniciante no Pre-Primary (nível dela) e ninguém vai prestar o exame.

A dona da escola de ballet achou que ela iria evoluir mais se ela fizesse aula com a turma do 1° ano e me fez essa proposta. Como as meninas tem entre 9 e 10 anos e a minha pequena estaria pulando 2 níveis, fiquei preocupada, mas ela me garantiu que a Lia daria conta.

Fiquei SUPER lisonjeada e orgulhosa!

Conversei com ela e expliquei a situação. Ela chorou e disse que não ia de jeito nenhum...
-" Eu não quero. As meninas são grandes... Sabia que tem um menino no 1° ano, mãe? Não quero, não vou..."

E choraaaava.

Deixei claro que ninguém ia obrigá-la a mudar de classe, mas que a tia Lúcia achava que ela era capaz de aprender coisas novas e que ela ia gostar.
Queria pelo menos que ela assistisse a aula para ver como era. Falar que NÃO sem saber do que se tratava, eu não queria...

Mas não teve jeito! Todo dia de aula, a gente combinava que ela ia entrar na sala do 1° ano para assistir... E ela desistia.

Deixei pra lá... 
Ela é tããão pequena!!! Tem tanto tempo para aprender coisas novas. 
O importante, agora, é ela não se sentir desestimulada. Vai que ela desisti do ballet de vez. (medo) Que mãe-coruja tem coragem de acabar com um amor desse pela dança?

Mas aqui entre nós... Mesmo ela não passando para o outro nível, só de saber que ela está indo bem, e tem condições de fazer uma aula muito mais avançada, já me deixou MUITO feliz!!!

Nunca mais eu duvido daquele clichê dos artistas de Hollywood, que são nomeados ao Oscar e quando assistem o concorrente ganhar, sorriem na boa.
Sempre achei que era atuação deles, mas ó:

"Só de ter sido nomeada, já é uma honra, MESMO!!!"

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Se eu soubesse, teria dito isso antes...


 Filho,

Quando você crescer, os hormônios vão tomar conta do seu corpo e você pode sentir uma vontade imensa de me magoar... Mas não se esqueça que eu sou sua mamãe.
Aquela que você sempre admirou independente de qualquer coisa. A que você achava mais linda que a mais linda das top models.
Não esqueça que eu te amo e que tudo o que eu faço é para o seu bem.
Bem-estar físico e psicológico, mesmo.

Se eu te proibir de andar sozinho na rua, é por medo de te machucarem.
Se eu não deixar você ir a uma balada inadequada para a sua idade, é porque acho que você tem a vida toda para experimentar certas sensações.
Quando eu te ensinar que tem que tomar certos cuidados para namorar é porque eu quero que você realize muitos sonhos antes de ser papai.

Alguns "nãos" você vai demorar um pouquinho para entender. E só quando for do tamanho do papai vai concordar comigo.

E os seus estudos?
Ah, filho, você tem que dar MUITO valor.
Vai chegar um momento da sua vida, em que você vai preferir fazer qualquer outra coisa do que prestar atenção no que a "tia" está falando. Isso vai fazer você tirar notas feias. Muito feias.
A meninas vão lhe parecer muito mais interessantes, e isso é bom!!! Mas deixe esse assunto para depois da aula.

Não fique bravo com seu professores. Eles só querem que você ouça o que eles tem a dizer. E aprender é bom para VOCÊ. Você vai levar para toda a vida esse conhecimento.
Se hoje você já conquista as pessoas conversando sobre a Tarsila do Amaral, imagina sobre quantos assuntos você poderá conversar com qualquer pessoa em qualquer lugar quando tiver a minha idade?

Se você quiser continuar sendo esse cara incrível que você é hoje, aos 5 anos, trate bem eu e seu pai. Sei que hoje é difícil para você acreditar que um dia você pode vir a nos desrespeitar, mas é possível...
Não faça isso!
Eu e o papai vivemos nossas vidas para você. Trocamos TUDO por um sorriso seu.
Nos sorria SEMPRE! Por favor!

Acima de tudo, nos veja como parceiros. Já passamos por tudo isso. Adolescer não é fácil, mas além de entender, podemos te ajudar a ultrapassar essa fase com menos traumas possíveis.

Hoje, você ainda é pequeno e se eu me baseasse na doçura e ternura que eu vejo em seus olhos, eu jamais pensaria em te dizer essas coisas...
Mas dizem que acontecem certas mudanças no comportamento dos adolescentes e eu achei que te dizer estas coisas, pode vir a nos ajudar um dia...

Vou te perder por alguns momentos, eu sei.
Te amo e espero te ter de volta logo...








terça-feira, 8 de maio de 2012

Dumbo na infância

Eu tinha vários complexos com o meu corpo na infância e na adolescência. Odiava várias partes dele.

Por exemplo: Eu tinha uma pinta no dedo do pé (aliás, tenho) que eu escondia a todo custo. Tentei raspar com uma tesoura para ver se saía e como nunca saiu, eu escondia com band-aid.
Bobagem, eu sei... Mas quem entende a cabeça de uma criança?

Essa foi fácil de superar e hoje eu adoro a tal da pinta. O pior de todos os traumas sempre foi a minha ORELHA.

Me chamavam de Dumbo na escola e eu realmente concordava com os pirralhos praticantes do bulling. Eu me achava a mais ORELHUDA do planeta Terra.
Para piorar, eu sempre dancei ballet, contemporâneo e sapateado, e o penteado oficial do espetáculo era coque com TODO o cabelo puxado o máximo para trás possível com gel, laquê e afins. Isso não favorecia nem um pouco o meu problema, pelo contrário, valorizava mais ainda a parte que deveria ficar escondida para todo o sempre.

Olhando as fotos, percebo que não era frescura, não. A orelha até que não era grande, mas era de abano.
Imagem meramente ilutrativa: Google
Acho que a minha mãe nunca cogitou uma cirurgia. Naquela época, essa não era uma opção tão simples quanto é hoje.

Mas a família tinha uma carta na manga. Sou a quarta geração de orelhudos curados com uma técnica lusitana trazida de Portugal pelo meu bisavô: "5 EMPURRADELAS".

A técnica é simples e sem contra-indicação:

"De frente para o espelho, leve dois dedos até a orelha e dê CINCO EMPURRADELAS para trás.
Repita isso 3 vezes ao dia até a orelha chegar ao local desejado"

E foi assim que eu convivi e superei minha "dumbice".
Não sei se funcionou ou se com o tempo a minha cabeça cresceu e ficou proporcional.
Só sei que hoje vivo normalmente e tenho uma relação saudável com a minha orelha.

Tanto que uso 3 brincos em cada orelha. Mas ATENÇÃO!!!
Se você vem de uma família de portugueses insensíveis, CUIDADO!!!
A psicologia não está incluída na técnica.

Quando furei o terceiro furo de cada orelha e fui mostrar amarradona para meus pais (que jogavam uma partida de baralho) mesmo depois de todo trauma superado, tive que ouvir:
"Se você acha a sua orelha tão grande, por que fica pendurando um monte de coisas nela? Assim, ela parece maior ainda..."

A técnica é grátis, mas há que ser forte, ora pois!





quinta-feira, 3 de maio de 2012

Chef de Cuisine

Mesmo diante da previsão chuvosa para o feriado, eu insisti em pegar parte da minha cria (um ficou com o pai) e me mandar para o interior.

A minha positividade dizia que o tempo ia mudar.
E ele firmou. Em chuva.

Adulto se diverte de qualquer jeito, bate papo, toma uma birita, joga um joguinho.
Criança pequena (seis juntas) dão um jeito. Cantam, correm, se escondem, brincam no matter what.
E pré-adolescente?

Putz!
Esse dá trabalho. Fica entediado.

Resolvi a questão colocando o rapazote para cozinhar.
Ele que já gosta do ofício, e tem como opção de vida ter um restaurante, colocou a mão na massa.

Aumentou seu leque de possibilidades e o "queijo quente tradicional" não viverá mais sozinho no cardápio do filhote.

Logo de cara, no primeiro dia, fritou os próprios nuggets de janta. Passou um bocadinho do ponto, mas nugget preto feito por ele mesmo, ele aceita! Comeu tudo.
Com os nuggets, um miojo básico.
De sobremesa: brigadeiro de microondas.
Queimou um bocadim também, mas né... quem liga?

Segundo dia ele fez um bolo de chocolate. Ficou EXCELENTE!!! Não durou até o dia seguinte... O povo detonou.
No outro dia ele arriscou um brigadeiro de panela, e achou melhor fazer no fogão.
Virou uma oficina de brigadeiro para os pequenos. Enfeitaram e comeram tudo!

Resultado de um feriado chuvoso: Meu filho não passa mais fome na vida!!!
Fora as coisinhas prontas que só precisa pegar na geladeira e no armário, ele já faz comida de verdade!!!


(será que nuggets e miojo podem ser considerados comida de verdade?)


E como Murphy já previa, sol no dia de ir embora!