quarta-feira, 12 de março de 2014

Desapega, desapega!

Desapeguei!
Tinha muita tralha guardada.
A maioria eu doei. As coisas boas, bem cuidadas, eu vendi.
Um dos melhores aplicativos inventados ultimamente são esses de compra e venda de usados. Eu sempre quis fazer isso e não tinha como. Ou pelo menos não com tanta facilidade.
Até agora, vendi o patins da Lia que não servia mais, o videogame Wii que já estava obsoleto (na visão os meus filhos) e a cadeirinha infantil da minha bike que não acomoda mais ninguém aqui de casa.
Vender até que foi fácil...
Me cadastrei, tirei foto das coisas, pesquisei o preço de similares e anunciei.
Os interessados entraram em contato comigo e fechamos negócio. Coisa de uma, duas semanas.
Na hora de entregar é que eu me preocupei.
Como eu vou dar o meu endereço para uma pessoa que eu nem sei quem é e nem sei se é mesmo quem diz que é?
Decidi entregar!
Foi a única maneira de garantir um pouco de segurança. (o marido quase pira)
O primeiro foi o Wii. Ainda por cima o comprador era homem. Combinamos em um prédio comercial. Me tremia toda quando fui entregar, mas deu tudo certo!
Pagamento em dinheiro, claro!
Depois vendi o patins. A compradora era uma mãe, como eu. Prevenida e temerosa combinou comigo numa academia onde seus filhos estavam nadando. Essa era gringa. Ficou feliz com seu patins recauchutado.
Por último, a doida que comprou a cadeirinha...
Doida!
Deu o endereço da casa dela na maior tranquilidade sem saber quem eu era... Enquanto me recebia, xingou o filho adolescente que chegava na chuva e no final da conversa perguntou: "Você sabe de alguém que tem uma bike pra me vender?"
Comprou a cadeirinha sem ter a bike...

Maravilha!
Desapega!











segunda-feira, 10 de março de 2014

Neeeeemo? Que nome legal!

Faz um tempo que estou querendo escrever sobre esse assunto, mas esqueço...
É a minha memória...
Está cada dia pior.
Minha frase recorrente é "Eu já te contei isso?".
Eu acho que o meu HD lotou. Muita informação para guardar... Que ano foi a independência do Brasil, a raiz quadrada de 144, quanto pesa cada filho, a coreografia da aula de jazz, qual amiga do Facebook está em NY e qual está em Maceió (suuuuper importante), qual o nome do livro que eu recebi indicação, o nome do meu marido...
Falando em meu marido, ele é hors concour. Lembra do lance do gol do SFC de 1980, mas não lembra de levar a carteira quando sai para comprar pão.
Dizem que é falta de atenção devido as multitarefas que exercemos no dia dia. Dizem...
Mas então porque é que eu não esqueço de jeito nenhum que o apelido do sorveteiro que ficava em frente ao meu prédio quando eu tinha SEIS anos era Sergipano?
Lembro do meu papagaio Umbrev's e do meu jabuti Totó...
Lembro da primeira coreografia de sapateado que eu dancei com a minha mestra...
Lembro do dia em que eu pisei no meu paraíso particular, há 21 anos, como se fosse ontem...
Lembro como aconteceu cada cicatriz do meu joelho... Inclusive quando minha irmã me acertou com a tampa do porta-joias dela...
Lembro do cheiro dos meus bebês...
De cada cantinho do meu primeiro apartamento quando casei...

Ainda bem...
Nosso cérebro funciona direitinho mesmo.
Muito mais interessante lembrar de coisas assim deliciosas do que abrir espaço no HD para registrar que está faltando sabão em pó!!!

Boa terça-feira pra você e lembre-se: "Continue a nadar, continue a nadar..."!!!

sexta-feira, 7 de março de 2014

O dia que eu liberei.

Foi em seguida ao segundo almoço conturbado...
A minha filha (7) chorava olhando para o prato e dizia: "Eu não gooosto de cenooooooura!!!"... (Coloque um tom digno do curso de artes dramáticas do Wolf Maia nesta frase)
Em tempos de filho adolescente querendo liberdade de ir e vir...
Em tempos de filho pré-adolescente pensando só em pêra, uva, maçã e salada mista...
Resolvi que vou dar o direito a minha filhotinha caçula de não gostar de cenoura...
Venhamos e convenhamos... Quem  morre de amores por cenoura? A gente pensa na vitamina A maravilhosa... No bronze futuro que a própria vai proporcionar depois de bem digerida e conduzida ao lugar certo.... Mas amar? De paixão? Eu não amo! Eu não amo cenoura.
Diante disso, conversei com ela e comuniquei que ela não precisa mais comer cenoura. Não vou obrigá-la mais a comer o rango do coelho. Mas deixei BEM claro que não adianta inventar que não gosta de vagem, brócolis, espinafre, abobrinha, tomate e etc. Vai comer e pronto! 

- Obrigada, mãe! Só não esquece que eu não gosto de beterraba...

Viu só? Abre-se uma exceção...


"Pelo direito de NÃO comer cenoura!!!"