Inspirada no post da
Sarah e a boquinha cortada do Bento, resolvi registrar "
As Aventuras dos Filhos Costurados de uma Mãe que ainda não tinha nem 30"
Estrelando o 1º causo: LUCA
Correndo na casa Alheia
Essa data é ainda uma incógnita aqui em casa. A única certeza é que a Lia já tinha nascido.
Estavamos reunidos na casa de uma amiga e o Theo e o Luca estavam dando vexame. Correndo pra lá e pra cá numa sala nem um pouco projetada para crianças.
Foi quando o Luca caiu e bateu a testa na quina do móvel da TV. Corri para o banheiro e tentei estancar o sangue com a toalhinha chique da dona da casa (sorry, Bê).
Não adiantou muito, mas quando o sangue deu uma parada, consegui ver o buraco na testa do meu pequenino (na época com, talvez, 4 anos e pouco).
Eu amamentava a Lia, mas não titubeei em sair correndo para o hospital largando ela e o Theo lá. A minha irmã estava lá e fez um sinal de "vai com fé", e eu fui.
No elevador, ele já tinha se acalmado. Mas a mãe dele não. Comecei a chorar descontroladamente. Coisa que nunca faço e nunca mais fiz.
No hospital, fomos atendidos rapidamente, e juro, pensei que ia desmaiar quando vi o meu filho tomar a anestesia DENTRO do corte. Ele nem se mexia, e só chorou até passar a dor. Muito bonzinho...
Quando chegamos de volta à "reuniãozinha", ele estava todo exibido mostrando o curativo e ainda teve a coragem de me zoar:
"Não doeu. Eu nem chorei. Quem chorou foi a minha mãe"
2º caso: THEO
Um aprendizado para a mãe e a Razão do marido
Meu marido sempre me criticava quando eu resolvia trazer uma grande quantidade de crianças para dentro de casa.
Era férias. Vieram para cá 3 amigos dos meninos e as minhas sobrinhas, que totalizavam 8 crianças.
Estavamos eu e a minha empregada para dar conta dessa galera. Umas 5 da tarde, um pai veio buscar um dos amigos. Eu falei para o Theo descer com o amigo para ele não descer sozinho. E eles foram.
A minha empregada já estava com a bolsa no braço quando eu ouvi um grito, e em seguida: "Mããããããe!!!"
Corri para o quarto e estava tudo calmo com os meninos. As meninas estavam na sala, portanto me restava um...
Olhei pela janela e vi o carro do pai do amigo no meio da rua com a porta aberta e vazio. Fiquei olhando ainda uns segundos, e via as pessoas passarem pela rua olhando para dentro do prédio... Tive certeza que era com ele e sai correndo.
Enquanto passava a mil por hora pela sala, tocou o interfone, mas eu nem atendi. Saí pela escadaria como um tornado, já rezando...
Chegando lá embaixo, vi meus filho ensanguentado, já amparado pelo pai do amigo, e o vidro lateral da porta da entrada com um buraco enorme.
Subi, peguei os documentos, mandei a empregada ligar para a minha irmã, e deixei o resto da galera lá.
O pai do amigo (que hoje já virou amigo) me deu uma carona, pois viu que no meu estado, não conseguiria dirigir.
O resultado podia ter sido bem pior. Ele levou ponto em dois lugares no braço, sendo que um deles era bem perto do pulso e por pouco não pegou os ligamentos.
Conclusão: O marido tinha razão. Imagina se a minha empregada já tivesse ido embora e eu tivesse que ir com essas 7 crianças (um ia embora com o pai) para o pronto socorro? Sendo que 3 meninas tinham 2 anos???
3º caso: LIA
A princesa sem chupeta
Como eu já tinha contado uma parte dessa história num
post em 2009, roubei umas partes de lá.
Um dia, chegando em casa estávamos na garagem e a Lia tomou um tombinho que seria normal, daqueles que toma 10 por dia... se não fosse pela VALA que abriu na boca dela.
Antes de correr para o hospital, ainda subi em casa, porque sempre ouvi falar que na boca não se dá ponto... Mas eu tinha que ouvir isso do médico, porque estava grande demais o corte.
Fui para o 1º hospital e a médica disse: "Se deixar como está vai fechar, mas eu acho que a marca vai ser grande. Aqui a gente não faz esse tipo de sutura, pois tem que ser feito por um cirurgião-plástico, e não temos. Se fosse a minha filha eu levaria em outro hospital..."
Liguei para o pediatra e ele me indicou o hospital.
Liguei para a minha mãe para não ir sozinha para mais um hospital (Porque quando se tem 3 filhos um corre e o outro fica. Marido ficou). Ela, muito prestativa e conhecedora do chefe do tal hospital, já fez meia dúzia de ligações para chamar a cirurgiã que estava de plantão à distância.
Esperamos um meia hora...
Precisou de 3 para segurar ela (eu, minha mãe e uma enfermeira), e mais a médica para costurar. Ela não parava quieta (óbvio) e alguns pontos saiam, e tinha que repetir. Tortura para ela e para mim...
Eu me controlei até onde eu pude, mas quando acabou eu fiquei branca e quase desmaiei. Eu não sou disso, mas ver a baixinha passar por aquilo foi barra.
Depois de 2 hospitais, 3 injeções, 3 pontos com uma cirurgiã plástica e muito choro, vira a médica pra mim e fala:
- "Olha, mãe, chupeta nem pensar!"
Primeiro: alguém avisa as pessoas que eu tenho nome e ODEIO ser chamada de mãe por alguém que não seja meu filho!
Segundo: tadinha da minha filha que depois de tudo isso não ia podia chupar a chupeta dela traqüila...
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Resolvi contar essas minhas 3 experiências para deixar registrado. (sei que ficou looooongo)
E também porque foram os 3 primeiros e últimos casos... Já combinei com o Cara lá de cima, que uma experiência por filho está de bom tamanho!!!
(E que com as amigas, blogueiras ou não, não precisa nem de um caso por filho, tá! Fiquem tranqüilas...Tá combinado!!!)