quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ele ainda não está no ponto.

No começo deste ano, achamos que chegou a hora do nosso primogênito ganhar o mundo. De bike ou de busão, ele vai e vem dos seus compromissos com toda autonomia de um garoto de 14 anos e 1,80m (Pior é que é sério! Já!).
Não vou dizer que foi fácil... Mas foi preciso.
Independência e liberdade para ele. Menos correria para mim.

Todos adaptados... Eis que uma tarde eu recebo um telefonema do próprio querendo levar o irmão (12) de ônibus para o clube. Entre um brinde e outro de um almoço feminino, eu deixei!
Mas calma que este não é um post que acaba em desgraça nem apuros.
Eles chegaram super bem, graças aos anjinhos da guarda bem acarinhados por mim diariamente!

Vantagem de ter vários filhos: um vai passando os ensinamentos para o outro.

- E aí, filho, aprendeu a andar de ônibus sozinho?
- Sim, claro!
- E qual é o número do ônibus que vai para o clube?

Cara de "ô ôu"...

- Caramba! Você não prestou atenção, garoto? Você delira!
- É que entramos correndo no ônibus...

O mais velho interrompe, já rindo, contando o porquê da necessidade de ir correndo atrás do ônibus, nas duas vezes, ida E volta!
Na ida foi pressa mesmo... Do quê? Eu não sei!
A história da volta inclui fazer companhia a um amigo e um suposto horário que o busão deveria passar e não passou...
Claro que nenhuma das histórias justificaram a palhaçada de sair correndo pela calçada ao invés de ficar parado no ponto esperando.

Foi então que eu resolvi explicar com mais clareza a placa: Ponto de ônibus.



quarta-feira, 12 de março de 2014

Desapega, desapega!

Desapeguei!
Tinha muita tralha guardada.
A maioria eu doei. As coisas boas, bem cuidadas, eu vendi.
Um dos melhores aplicativos inventados ultimamente são esses de compra e venda de usados. Eu sempre quis fazer isso e não tinha como. Ou pelo menos não com tanta facilidade.
Até agora, vendi o patins da Lia que não servia mais, o videogame Wii que já estava obsoleto (na visão os meus filhos) e a cadeirinha infantil da minha bike que não acomoda mais ninguém aqui de casa.
Vender até que foi fácil...
Me cadastrei, tirei foto das coisas, pesquisei o preço de similares e anunciei.
Os interessados entraram em contato comigo e fechamos negócio. Coisa de uma, duas semanas.
Na hora de entregar é que eu me preocupei.
Como eu vou dar o meu endereço para uma pessoa que eu nem sei quem é e nem sei se é mesmo quem diz que é?
Decidi entregar!
Foi a única maneira de garantir um pouco de segurança. (o marido quase pira)
O primeiro foi o Wii. Ainda por cima o comprador era homem. Combinamos em um prédio comercial. Me tremia toda quando fui entregar, mas deu tudo certo!
Pagamento em dinheiro, claro!
Depois vendi o patins. A compradora era uma mãe, como eu. Prevenida e temerosa combinou comigo numa academia onde seus filhos estavam nadando. Essa era gringa. Ficou feliz com seu patins recauchutado.
Por último, a doida que comprou a cadeirinha...
Doida!
Deu o endereço da casa dela na maior tranquilidade sem saber quem eu era... Enquanto me recebia, xingou o filho adolescente que chegava na chuva e no final da conversa perguntou: "Você sabe de alguém que tem uma bike pra me vender?"
Comprou a cadeirinha sem ter a bike...

Maravilha!
Desapega!











segunda-feira, 10 de março de 2014

Neeeeemo? Que nome legal!

Faz um tempo que estou querendo escrever sobre esse assunto, mas esqueço...
É a minha memória...
Está cada dia pior.
Minha frase recorrente é "Eu já te contei isso?".
Eu acho que o meu HD lotou. Muita informação para guardar... Que ano foi a independência do Brasil, a raiz quadrada de 144, quanto pesa cada filho, a coreografia da aula de jazz, qual amiga do Facebook está em NY e qual está em Maceió (suuuuper importante), qual o nome do livro que eu recebi indicação, o nome do meu marido...
Falando em meu marido, ele é hors concour. Lembra do lance do gol do SFC de 1980, mas não lembra de levar a carteira quando sai para comprar pão.
Dizem que é falta de atenção devido as multitarefas que exercemos no dia dia. Dizem...
Mas então porque é que eu não esqueço de jeito nenhum que o apelido do sorveteiro que ficava em frente ao meu prédio quando eu tinha SEIS anos era Sergipano?
Lembro do meu papagaio Umbrev's e do meu jabuti Totó...
Lembro da primeira coreografia de sapateado que eu dancei com a minha mestra...
Lembro do dia em que eu pisei no meu paraíso particular, há 21 anos, como se fosse ontem...
Lembro como aconteceu cada cicatriz do meu joelho... Inclusive quando minha irmã me acertou com a tampa do porta-joias dela...
Lembro do cheiro dos meus bebês...
De cada cantinho do meu primeiro apartamento quando casei...

Ainda bem...
Nosso cérebro funciona direitinho mesmo.
Muito mais interessante lembrar de coisas assim deliciosas do que abrir espaço no HD para registrar que está faltando sabão em pó!!!

Boa terça-feira pra você e lembre-se: "Continue a nadar, continue a nadar..."!!!

sexta-feira, 7 de março de 2014

O dia que eu liberei.

Foi em seguida ao segundo almoço conturbado...
A minha filha (7) chorava olhando para o prato e dizia: "Eu não gooosto de cenooooooura!!!"... (Coloque um tom digno do curso de artes dramáticas do Wolf Maia nesta frase)
Em tempos de filho adolescente querendo liberdade de ir e vir...
Em tempos de filho pré-adolescente pensando só em pêra, uva, maçã e salada mista...
Resolvi que vou dar o direito a minha filhotinha caçula de não gostar de cenoura...
Venhamos e convenhamos... Quem  morre de amores por cenoura? A gente pensa na vitamina A maravilhosa... No bronze futuro que a própria vai proporcionar depois de bem digerida e conduzida ao lugar certo.... Mas amar? De paixão? Eu não amo! Eu não amo cenoura.
Diante disso, conversei com ela e comuniquei que ela não precisa mais comer cenoura. Não vou obrigá-la mais a comer o rango do coelho. Mas deixei BEM claro que não adianta inventar que não gosta de vagem, brócolis, espinafre, abobrinha, tomate e etc. Vai comer e pronto! 

- Obrigada, mãe! Só não esquece que eu não gosto de beterraba...

Viu só? Abre-se uma exceção...


"Pelo direito de NÃO comer cenoura!!!"

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Escola, pra que te quero?

Com 3 crianças em casa, posso observar bem definidamente as diferentes fases da infância.
A relação de amor e ódio com a escola são fases... E elas se intercalam...
Os meninos passaram uma fase chata de não querer saber de escola. Só pensavam em jogar bola e video-game e qualquer coisa era motivo para faltar. Hoje estão in love com a escola.

O Theo, mais velho que está no 9º ano, está numa fase bem seguro de si. Planejando o final do Ensino Fundamental com viagem, festa de formatura, maneiras de arrecadar dinheiro para tudo isso, e claro, fazendo parte da comissão de organização (é a cara dele). Ir para a escola faz parte do seu show.

O Luca (7º ano) está "adolescendo". Descobriu as meninas da escola, vive no Skype com a tchurma e quase todo dia vem com um pedido (que ele acha que vai colar) de ir para o shopping dar um rolézinho para encontrar os amigos e amigas. Ir para a escola virou diversão total.

Com a Lia, eu tinha a ilusão que a história seria diferente. Ela sempre amou ir para a escola! No meu sonho ela pularia a aversão pelas aulas. Só no sonho...
Voltou de férias linda, leve e loira como sempre. Saudades dos amigos. Curtindo o material novo. A professora nova...
Até que começaram as lições e a baixinha descobriu que 3º ano é bem mais puxado que o 2º...
- Mãe, agora só pode escrever com letra CURSIVA!!!
- Minha mão ficou doendo hoje de tanta lição!
- Ainda não deu tempo da gente ir pra quadra, mãe! Acredita?

O capitulo seguinte foi: dor de barriga, dor de ouvido, dor de bochecha (juro!)...
Não quer ir para a escola...
Mas está indo, claro! E volta feliz como antigamente, o que me deixa tranquila!

Agora é sentar e esperar a fase passar...
Será que a próxima fase já é a que "volta a gostar da escola por causa dos meninos"?
SOCORRO!!!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Eu tinha um vício.

Eu era viciada em Candy Crush.
Tomava café-da-manhã jogando. Almoçava, jantava, assistia TV, tudo sem largar dos docinhos... O intuito inicial de um joguinho como esse, (passar o tempo numa fila, numa sala de espera, ou enquanto um filho fazia alguma atividade) tinha perdido o rumo e ultimamente tomava mais meu tempo do que me distraia.
Era Saga normal... Saga da Coruja equilibrista...
Parei!
Deixei a fase crespa 356 para trás e a coruja emperrada na 65.
Decidi que em 2014 eu iria largar esse vício e usar o meu precioso tempo livre com algo mais produtivo. Livros.
Já li TRÊS em um mês e meio.
"Fim" - A estréia da Fernanda Torres. Muito pra cima apesar de falar do fim de 5 amigos.
"A graça da coisa" - A última reunião de crônicas da Martha Medeiros. Adoro!
"O jantar"- É um suspense do holandês Herman Koch. Nunca tinha lido um suspense. Curti. Li em dois dias.
Rendeu, né?
Ler me dá vontade de escrever. E isso muito tem a ver com a volta do blog.
Não julgo quem joga. Mas sou uma pessoa intensa que mergulho e me afundo nessas coisas. Não tenho limites... E não suporto me ver apegada em um vício. Quando vejo que viciei, desapego na hora.
Agora está explicado o fato de não mandar mais vidas para meus amigos queridos.
Sorry!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

De hoje, até o resto da vida.

Quanto tempo sem aparecer por aqui... Eu contei: SETE MESES!
Nesse tempo, dá para imaginar o quanto meus filhos cresceram?
Eu jamais imaginaria que em sete meses, meu primogênito passaria de um filho crescido de 13 anos, para um filho crescido de 13 anos MAIOR QUE EU!
Sim! Isso aconteceu.

E é esse mesmo filho, crescido que me fez abrir o blog hoje e escrever sobre mais mudanças... Não é só no tamanho que ele cresceu.

Ele está no 9º ano. Último ano do Ensino Fundamental.
Formatura, festa, viagem, um colegial pela frente. Essa turnê começou hoje.

Há uma semana descobri que o meu filho sanduiche, Luca, 11 anos, que começou a estudar de manhã esse ano, entraria uma hora mais tarde que o Theo (primogênito).
- Theo, não vou acordar duas vezes! Coloca o despertador e se vira! Tá na hora de você encarar essa responsabilidade!

Resolvido!
E assim foi! Deu tudo certo... Ele veio na cama me dar beijo de tchau e partiu pra vida.
Despachei o Luca. Levei a Lia no ballet... E mais 1000 coisas durante o dia... 

No jantar, ele contou para o pai a novidade de ter acordado tão cedo que ainda estava escuro, a novidade de ter dois intervalos e os planos futuros de o que comer no café-da-manhã para não atrapalhar o lanche e o lanche não atrapalhar o almoço...

Junto com o último suspiro de satisfação de tanta responsabilidade, veio uma súplica disfarçada de pergunta en passant:
- Mãe, preciso colocar o despertador para amanhã?
- Claro, filho! Agora essa é sua responsabilidade! Durante o ano todo. Na verdade, pro resto da vida! Daqui para sempre!

  • Acordar o filho mais velho para ir para escola.

Tica.

 
Ele preza a sua liberdade... Puxou a mãe!