terça-feira, 24 de abril de 2012

A antropologia na educação dos nossos filhos

Hoje, participei de um café da manhã especial na editora Globo, promovido pela revista Crescer.
Fomos apresentados ao conteúdo completo da pesquisa "Mães e trabalho".

Um assunto que interessa a todas nós e que foi aprofundado por profissionais.

Dentro do tema, eu vidrei no estudo da "linha do tempo" que analisou a Mulher na História e confesso que clareou e deu base para eu entender (um pouco) o que está acontecendo com os pais de hoje e a educação não dada aos seus filhos.

Depois da mulher ser considerada um ser com poderes ocultos na Grécia Antiga, ser endeusada e controlada pelos homens na Idade Média, ser louvada e adorada na Idade Moderna, ser obrigada a trabalhar fora em meio a guerras e crises de 1900 a 1945... Nos anos 60, a mulher rompe barreiras com os movimentos feministas conquistando a liberdade sexual com a chegada dos anticoncepcionais e o poder de controlar a maternidade.

Daí em diante, ela entra com tudo no mercado de trabalho e percorre o caminho até aqui acumulando várias funções.
No novo milênio, a opção de engravidar ou não coloca a criança num patamar de "a enviada". Com um ser tão especial e escolhido dento de casa, quem sai para trabalhar sem culpa?

Juntando esse estudo antropológico com a teoria da "mãe que trabalha o dia inteiro se sente culpada de dizer não para o filho" fica claro o caminho percorrido até falta de educação das crianças de hoje em dia.

Não estou generalizando, mas constatando um fato que tem aumentado cada vez mais.
Prova disso são as campanhas "Diga NÃO ao seu filho" ou "Dizer NÃO é um ato de amor" e coisas do tipo...

Achei a RAZÃO, não a SOLUÇÃO. Entender é um bom pontapé para uma mudança!

Só não vale usar as nossas antepassadas que queimaram o sutiã como desculpa para as nossas burradas para fugir da culpa.

Será que tem culpa maior que perceber que errou na criação dos filhos quando eles já forem barbados???
Eu não quero arriscar...
Bora fazer o possível e o impossível, mulherada!!!



7 comentários:

  1. Amei Ju! Post perfeito!

    Já me vi nas duas situações. Stella bem pequena, eu trabalha fora, e MUITO, com apenas 2 dias de folga (pasme!), por mês! Qdo eu estava com ele, em nossos poucos momentos juntas, era impossível dizer não. Ela se tornou uma menina impossível, levada, insuportável!!!! Até eu conhecer Ciro, qdo ela tinha 4 anos, e foi ele quem me alertou. E daí começamos a educá-la de fato. Ainda bem que deu tempo! Ufa! Mas confesso ainda hj, 12 anos depois, ainda perceber reflexos da educação em sua 1ª infância.

    Bjos amada! =)

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  2. Oi Juliana, concordo muito e adorei seu texto!
    Eu trabalhei com Educação muitos anos e sempre procurei alertar os pais sobre aquilo, que como você citou muito bem, a teoria nos orienta. Agora, como mãe, não poderia ser diferente, né?
    Sempre reflito sobre cada atitude que tomamos com eles e é claro, que muitas vezes temos que rever alguns pontos na intenção de no mínimo, errar menos...
    Beijão, Ju
    www.contosdeumamaepandora,blogspot.com

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  3. Ai o trabalho... eu trabalho pq não posso deixar faltar o leite, a fralda, o convênio médico... os remédios... pq pai... minha filha até tem mas ele não paga o suficiente para muita coisa... dá uma ajuda na escola... a babá quem paga é o avô... e assim vou tentando dar o melhor para Sophia. bjossss

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  4. Jú infelizmente é a mais pura realidade... As pessoas tentam suprir a necessidade do tempo, fazendo o que os filhos querem... E na hora que um filho mata um pai, muitos dizem: "Esse mundo está perdido", mas na verdade quem está perdida são as crianças que não tem direcionamento dos adultos..
    E eu também não quero arriscar...
    Beijocas
    Carol

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  5. É sempre assim, só se compreende uma era olhando para as que passaram.

    Dizer não, ensinar limites e que tudo bem se frustrar é uma tarefa árdua, mas uma maneira inequívoca de mostrar o quanto ama o filho.

    beijo

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  6. Ju, adorei seu depoimento de mae de jogador lá no mamatraca! As fotos estava lindas tb! Seus filhos, os 3, parecem ser mt mt felizes! Adorei.

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