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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Um filho revoltado e uma mãe em desespero.

Meu filho sanduiche está me dando um trabalhão. No auge dos seus 9 anos ele resolveu me cansar e me esgota de uma maneira que ninguém pode imaginar.

Discute, responde, se revolta e não dá o braço a torcer por NADA desse mundo.
Qualquer coisa é motivo.

Então, eu decidi emendar o Carnaval e ficar na Fazenda até sexta.
Ele decidiu ir embora.

O marido ia embora trabalhar e topou levá-lo.
Só que enquanto eu arrumava as coisas dos dois, bateu uma saudade antecipada e meu coração ficou apertado. Toda mãe sabe como é difícil se separar do filho. Seja em qualquer idade e por qualquer período de tempo...

Comecei a luta de tentar convencer o garoto de ficar comigo e com os irmãos, mas ele adora ser do contra, e é teimoso como uma porta (não sei quem ele puxou).
Enfim... depois de dois dias falando as coisas maravilhosas que a gente podia fazer por aqui, consegui. Ele ficou.

Alegria garantida? Não, claro que não.
Eu teria dois dias de muita paz se ele fosse com o pai (considerando que ele arruma confusão com os dois irmãos E COMIGO) mas não podia imaginar o meu filhote indo pra escola enquanto a gente estava a beira da piscina, respirando o ar puro do campo.

Só que, logo no primeiro dia, o menino ficou num mau-humor desgraçado e em cada minuto de tédio (não mais que isso) ele me encarava e jogava na minha cara:
- Eu devia ter ido embora.

Depois de ouvir muito desaforo, e "levar" muita porta na cara eu tentei:
- Filho, dá um sorrisinho, eu estou tão feliz que você ficou comigo.

A resposta dele explicou muita coisa e me deu um misto de culpa+arrependimento+desespero...
- Eu fiquei só pra você ficar feliz, mesmo!!!

Pode parecer um ato altruísta, mas foi mais um tapa de "Eu estou infeliz por sua causa".

Não sei mais o que fazer com ele.
Rezo para que seja uma fase.
Acordo pensando que o dia será melhor, mas esse dia não chega!

Estou esgotada emocionalmente e não vejo saída.
Choro.
Tento esquecer e relevar, mas não consigo. Cada palavra que ele lança para me magoar realmente me atinge, e mesmo sabendo que não posso demonstrar, não consigo.

Talvez tivesse sido mais fácil ter deixado ele ir... Mas o mais fácil geralmente não é o melhor...
Vou resolver isso e fugir não é um caminho.
Estamos vivendo em pé de guerra há algum tempo mas eu viro esse jogo, senão eu não me chamo Juliana Ramos.

Duvida?


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