quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"Grito de Guerra da Mãe-Tigre"

Acabei de ler o livro e vim fazer as minhas conclusões e considerações.

Amy é  filha de imigrantes chineses, casada com um americano judeu e tem duas filhas.
Ela faz um comparativo entre a educação típica ocidental e a oriental.
Esses são os dizeres da contracapa, para vocês entenderem do que se trata:

Diferentemente da mãe ocidental, a mãe chinesa acredita que:
1) Os deveres escolares são sempre prioritários;
2) Um A-menos é uma nota ruim;
3) Seus filhos devem estar dois anos à frente dos colegas de turma em matemática;
4) Os filhos jamais devem ser elogiados em público;
5) Se seu filho algum dia discordar de um professor ou treinador, sempre tome o partido do professor ou do treinador;
6) As únicas atividades que seus filhos deveriam ter permissão para praticar são aquelas em que puderem ganhar uma medalha;
7) Essa medalha deve ser de ouro;  

Bem radical, não é?

Mas na verdade, concordo com muitas coisas que ela diz (e já praticava) e aprendi muitas outras coisas.
Ela fala de pontos básicos na educação dos filhos, que parecem estar perdidos, como por exemplo: Respeitar os mais velhos (pais, professores e educadores em geral).
Para mim e para você, pode ser básico, mas canso de ver criança desrespeitando seus pais na frente de todos, e outras que batem... Sim, BATEM no pai ou na mãe!
Acho o fim do mundo e não canso de dizer!!!

Tortura não faz parte do método chinês de educação, como li muito por aí.
Ela tinha metas para as filhas e cumpriu quase todas. Decidiu que elas iam ser boas em algumas coisa, e assim foi! O único problema é que ELA, a mãe, decidiu a que elas se dedicariam, e isso eu discordo. (Uma toca piano e a outra violino)

Acho que a criança pode escolher a atividade que pratica ou instrumento que vai tocar, mas se os pais forem liberais a ponto de não insistir ou deixar desistir sem motivo, as crianças vão chegar na vida adulta sem saber do que gosta de verdade... E ser apaixonado por alguma atividade é tão estimulante!!!

Todas as críticas absurdas que ouvimos por aí, é por conta de frases como essa:
- Meu papel como mãe é preparar vocês para o futuro, e não fazer com que gostem de mim. 

Esse lado dela, é difícil de entender, mas a criação dela não permitiu que ela fosse de outra maneira.

Antes que eu conte todo o livro para vocês, vou finalizar falando sobre uma diferença entre os ocidentais e orientais que ela aborda.

Os pais ocidentais são preocupados com a autoestima dos filhos. A gente se preocupa com o que eles vão sentir se falharem em algo, e vivemos tentando tranquilizá-los, dizendo como eles são bons, mesmo depois de um desempenho medíocre num teste ou prova qualquer.
 Os pais chineses não. Presumem força e não fragilidade. 
Poupando os nossos filhos de algum sofrimento ou crítica, estamos subestimando a capacidade deles. Se um filho apresenta uma nota 8, a gente elogia o boletim. É ou não é? Os chineses jamais aceitam isso.

E sabe de uma coisa? Já estou praticando.
Tenho certeza da capacidade de cada um dos meus filhos, e não vou deixar que eles se contentem com pouco!
Com mais delicadeza que a Amy, claro, mas com a mesma determinação!

Já que a nossa responsabilidade é encaminhar os filhos para um futuro triunfante, é isso que eu vou fazer. Dando as opções e o apoio que sempre demos, mas incentivando mais e deixando muito claro, que eles podem TUDO e é isso que eles vão ter com muito esforço e dedicação àquilo que eles gostam...
TUDO!!!

Preciso dizer que AMEI o livro???

7 comentários:

  1. olá juliana,

    li o livro e gostei muito! me proporcionou excelentes reflexões!!!

    também escrevi sobre ela, mas só depois de ler o livro percebi que é uma biografia e não um manual. ela mesma é super autocrítica e percebe que deu certo com a mais velha, mas foi mais difícil com a mais nova!

    ela é uma fanática - vamos combinar! - e é justamente essa obsessão que nos faz refletir sobre nossas próprias atitudes com os filhos.

    beijoca,

    mari

    se tiver interesse, eis o post: http://viciadosemcolo.blogspot.com/2011/05/mae-tigre-eu-li.html

    ResponderExcluir
  2. Adorei o post, Mari!

    No fim, acho que com afeto a gente consegue colocar em prática os pontos positivos do "método" dela.

    E afinal, vc conhece alguém que tenha trauma de ter sido obrigada a fazer ballet??? (ou outra atividade)

    Eu tenho arrependimento de ter largado, isso sim!!!
    Mas minha mãe ocidental, uma certa hora liberou, e a rebelde aqui fugiu do ballet!!!

    Bjo

    ResponderExcluir
  3. JU, eu também li o livro e também posso lhe dizer que AMEI! Com certeza a gente tem muito o que aprender e o que mais admiro na Amy é a sua determinação. Tem muitas coisas que não concordo, como, por exemplo, o fato de fazer de tudo para que as filhas sejam sempre "as melhores", sem dar muita importância para as questões pessoais e emocionais. Mas, no fundo, ela é como qualquer outra mãe: quer o melhor para as filhas!

    Fiz um post sobre ele também, se quiser dá um pulinho lá! Segue o link: http://ivanacoisademae.blogspot.com/2011/08/sobre-mae-tigre.html

    Bjos!

    ResponderExcluir
  4. Existem tantos livros sobre educação e este chamou atenção justo pela forma apresentada "Porque mães chinesas são superiores".

    Qualquer um pode desenvolver o argumento que quiser e eu poderia escrever um livro com o seguinte título: "Porque a minha mãe é superior" - não chamaria atenção porque pouco importa, mas o assunto do livro de Amy mexeu com os brios de nações, até mesmo a nação materna chinesa.

    Toda a controvérsia gerada pelo livro perdeu o valor pelo simples fato de que as mães na China não estão mais educando os filhos de forma tão rígida, isto provocou grande debate por lá.

    Pois lá, quem tem $$$$ mandam os filhos para estudar em escola bilíngue, onde as crianças aprendem Inglês e Chinês em um ambiente de sala de aula comparativamente mais solto, adotando ambas as formas de educação: chinesa e ocidental.

    A educação prospera na China e no resto da Ásia, porque é prioridade máxima e o desafio educacional da China para os EUA é comparado ao "momento Sputnik do século 21".

    O livro de Amy Chua foi considerado pelas mães chinesas como inadequado considerando o fato de que as salas de aula e a sociedade americana em geral, são mais propícias à manifestação individual e à inovação. A aprendizagem mecânica que ela insiste pode funcionar quando suas filhas estão em casa, pois fora de casa, são encorajados a pensar de forma independente. Na China antiga, pais eram autoritários e acoplavam um sistema de educação ossificado e a criatividade é sufocada. Os homens chineses dominam as academia, e o "pai chinês" é um fenômeno considerado mais relevante do que a da "mãe chinesa".

    Lamento, não existiu um Bill Gates na China. O pais mais copia do que cria. A competição é imensa e os filhos destas mães depois de formados são chamados "filhos formigas" por causa da quantidade de jovens procurando por trabalho e não acham. Vivem em favelas verticais, prédios moribundos e os professores que se vergonharam, não vivem no continente chinês e são laureados com o Nobel, exceto o dissidente Liu Xiaobo que foi o vencedor do Prêmio da Paz e estava na cadeia. A maioria das instituições de vanguarda científica são centros de pesquisa executados por ocidentais.

    Se eles tivessem dinheiro, poder e conexões pessoais para fazê-lo, mães chinesas gostariam de enviar seus filhos para Harvard. Em outras palavras, a chave do sucesso é vista como um híbrido do Oriente pelo Ocidente, menos quando é visto o covil das mães tigres.

    Por exemplo, o americano só aprende geografia na prática quando viaja. No mais, gasta o tempo aprendendo coisas que usará um dia. Se não sabem qual a capital do Brasil, saberão sobre a educação chinesa para quê?

    Sinceramente não sei se as filhas de Amy terão boas lembranças da infância.

    Me desculpe, respeito demais as crianças para vê-las como "soldadinhos".

    Bom fim de semana!

    ResponderExcluir
  5. Tudo bem, Luma, mas você leu o livro???

    ResponderExcluir
  6. Oi Ju querida
    Adorei o post e concordo com vc! Eu AMEI o livro, ate para refletir o que eu nao quero fazer com meus filhos...
    Se você quiser dar uma olhadinha:
    http://blogdaclauo.blogspot.com/2011/07/novas-leitura.html
    Beijao, querida e um otimo final de semana pra vc e sua turminha

    ResponderExcluir
  7. Oi, Ju! Não li o livro, mas sei do que se trata e me interessa muito o assunto. Eu colocaria algumas coisas em prática tbem e reconheço muitos aspectos importantes da abordagem dela. Porém, entendo que a relação entre os pais chineses e seus filhos baseia-se um tanto na questão do medo. Os filhos fazem e correspondem, pois temem seus pais. Isso é absolutamente inviável para mim e acho que para a maioria dos ocidentais, né??
    Bjos,
    Camila
    www.mamaetaocupada.com.br

    ResponderExcluir

O que você acha???